professora Remédios
- maria dos Remédios S. da silva
- sou a professora Remédios, que constrói vínculos a partir da interação com a criança, através do diálogo,respeitando a forma de manifestar-se dessa criança.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
NOVEMBRO FERIADOS E DATAS COMEMORATIVAS
01 – Dia de Todos os Santos
02 – Dia de Finados (Feriado)
03 – Dia do Cabeleireiro
03 – Instituição do Direito e Voto da Mulher (1930)
04 – Dia do Inventor
05 – Dia da Ciência e Cultura
05 – Dia do Cinema Brasileiro
05 – Dia do Radioamador e Técnico Eletrônica
07 – Dia do Radialista
08 – Dia Mundial do Urbanismo
08 – Dia do Radiologista
09 – Dia do Hoteleiro
10 – Dia do Trigo
11 – Dia do Soldado Desconhecido
12 – Dia do Diretor de Escola
12 – Dia do Supermercado
14 – Dia Nacional da Alfabetização
15 – Proclamação da República (Feriado)
16 – Semana da Música
17 – Dia da Criatividade
18 – Dia do Conselheiro Tutelar
19 – Dia da Bandeira
20 – Dia do Auditor Interno
20 – Dia Nacional da Consciência Negra
20 – Dia do Esteticista
20 – Dia do Biomédico
21 – Dia da Homeopatia
21 – Dia das Saudações
22 – Dia do Músico
25 – Dia Nacional do Doador de Sangue
27 – Dia do Técnico da Segurança do Trabalho
28 – Dia Mundial de Ação de Graças
02 – Dia de Finados (Feriado)
03 – Dia do Cabeleireiro
03 – Instituição do Direito e Voto da Mulher (1930)
04 – Dia do Inventor
05 – Dia da Ciência e Cultura
05 – Dia do Cinema Brasileiro
05 – Dia do Radioamador e Técnico Eletrônica
07 – Dia do Radialista
08 – Dia Mundial do Urbanismo
08 – Dia do Radiologista
09 – Dia do Hoteleiro
10 – Dia do Trigo
11 – Dia do Soldado Desconhecido
12 – Dia do Diretor de Escola
12 – Dia do Supermercado
14 – Dia Nacional da Alfabetização
15 – Proclamação da República (Feriado)
16 – Semana da Música
17 – Dia da Criatividade
18 – Dia do Conselheiro Tutelar
19 – Dia da Bandeira
20 – Dia do Auditor Interno
20 – Dia Nacional da Consciência Negra
20 – Dia do Esteticista
20 – Dia do Biomédico
21 – Dia da Homeopatia
21 – Dia das Saudações
22 – Dia do Músico
25 – Dia Nacional do Doador de Sangue
27 – Dia do Técnico da Segurança do Trabalho
28 – Dia Mundial de Ação de Graças
Conceito e concepção do projeto político - pedagógico....
UNIDADE I - Conceito e Concepção do Projeto Político - Pedagógico
Nesta unidade apresentaremos uma discussão conceitual do Projeto Político Pedagógico. Buscaremos compreendê-lo na sua dimensão política e pedagógica, no sentido que todo projeto possui uma intencionalidade que está articulada com um projeto histórico social. Sua dimensão pedagógica reside na possibilidade concreta da escola, através das ações educativas, cumprir seus propósitos e sua intencionalidade. Buscaremos ainda nesta unidade, abordar as diferentes concepções que historicamente permeiam a construção e efetivação do Projeto Político-Pedagógico no cotidiano escolar.
[ Voltar para o Sumário ]
1 - A educação e o projeto histórico social
“...a educação só pode-se realizar através de mediações práticas que se desenvolvem a partir de um projeto educacional, vinculado, por sua vez, a um projeto histórico e social e que a instituição escolar é o lugar por excelência desse projeto...” Antonio Joaquim Severino.
Gostaríamos de iniciar a nossa reflexão sobre o Projeto Político Pedagógico, discutindo-o como o elemento norteador das ações educativas escolares, o qual se vincula a um projeto histórico social. Ele traz em si uma forma especifica da escola compreender o seu papel na sociedade.
Pensar o papel político e pedagógico que a escola cumpre no interior de uma sociedade historicamente situada, dividida em classes sociais, dentro de um modo de produção capitalista, implica em reconhecer a educação como um ato político, que possui uma intencionalidade e, contraditoriamente, vem contribuindo, ou para reforçar o modelo de sociedade, sua ideologia, a cultura e os saberes que são considerados relevantes para os grupos que possuem maior poder, ou para desvelar a própria forma como a escola se articula com a sociedade e seu projeto político, constituindo-se num espaço emancipatório, de construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os saberes dos grupos sociais que historicamente têm sua historia negada, silenciada, distorcida, esteja em diálogo permanente com os saberes historicamente acumulados e sistematizado na história da humanidade.
Neste sentido, podemos afirmar que a educação, como trabalho não material, é necessariamente intencional. Vincula-se a uma concepção de sociedade, de mulher e homem, de cultura, de conhecimento. Para VIEIRA PINTO (2000), a educação é necessariamente intencional. Não se pode pretender formar um homem sem um prévio conceito ideal de homem. Este modelo, contudo, é um dado de consciência e, portanto, pertence à consciência de alguém.
Compreende-se a escola como uma das instâncias educativas no seio da sociedade e o trabalho pedagógico que nela se desenvolve, como uma prática social de educação. Para compreender esta prática social na qual se insere o trabalho pedagógico escolar, gostaríamos de apresentar algumas características da educação, conforme VIEIRA PINTO:
a)A educação é um processo, portanto é o decorrer de um fenômeno (a formação do homem) no tempo...;
b) A educação é um fato existencial. Refere-se ao modo como (por si mesmo e pelas ações exteriores que sofre) o homem se faz ser homem. (...) Pode-se dizer (...) que é o processo pelo qual o homem adquire sua essência (real, social, não metafísica). É o processo constitutivo do ser humano;
c)A educação é um fato social. (...) É o procedimento pelo qual a sociedade se reproduz a si mesma ao longo de sua duração temporal. Contudo, neste processo de auto-reprodução está contida, desde logo, uma contradição(...). Daí deriva o duplo aspecto do fato social da educação: incorporação dos indivíduos ao estado existente e progresso, isto é, necessidade de ruptura do equilíbrio presente, de adiantamento, de criação do novo;
d)A educação é um fenômeno cultural. Não somente os conhecimentos, experiências, usos, crenças, valores, etc. (...) mas também os métodos utilizados pela totalidade social para exercer
sua ação educativa são parte do fundo cultural da comunidade e dependem do seu grau de desenvolvimento. (...) O método pedagógico é função da cultura existente;
e)A educação se desenvolve sobre o fundamento do processo econômico da sociedade. Porque é ele que: determina as possibilidades e as condições de cada fase cultural; determina as probabilidades educacionais na sociedade (...); proporciona os meios materiais para a execução do trabalho educacional, sua extensão e sua profundidade...;
f)A educação é uma atividade teleológica. A formação do indivíduo sempre visa a um fim;
g)A educação é uma modalidade de trabalho social;
h)A educação é um fato de ordem consciente. É determinada pelo grau alcançado pela consciência social e objetiva suscitar no educando a consciência de si e do mundo;
i) A educação é um processo exponencial, isto é, multiplica-se por si mesma com sua própria realização. Quanto mais educado, mais necessita o homem educar-se e portanto exige mais educação;
j)A educação é por essência concreta. Pode ser concebida a priori, mas o que a define é sua realização objetiva, concreta. Esta realização depende das situações históricas objetivas, das forças sociais presentes, (...) dos interesses em causa, etc;
l)A educação é por natureza contraditória, pois implica simultaneamente conservação (...) e criação.
A historicidade pertence à essência da educação. (...) A educação é histórica não porque se executa no tempo, mas porque é um processo de formação do homem para o novo da cultura, do trabalho, de sua auto consciência.
Compreende-se, portanto, que o próprio processo da educação e, em específico, a escola, é um dado cultural, é uma elaboração histórica dos homens. Este é um espaço por excelência, onde gestores de escola e de políticas publicas e educadores se educam, elaboram sua forma de compreender o mundo, a educação, a humanidade e o próprio conhecimento. Esta concepção vai permear a organização do trabalho pedagógico escolar e nele a construção do projeto político pedagógico. Cabe destacar que modo como o educador e o gestor se posicionam diante da realidade, como participam da história, como concebem o saber, a relação que estabelecem com os seus educandos na prática pedagógica, e a própria comunidade escolar refletem seus saberes, sua cultura, adquiridos ao longo da sua história de vida, a partir da influência da família, da escola, da igreja, do trabalho, do sindicato, do partido, enfim, de uma determinada sociedade num determinado tempo e espaço.
É sempre a sociedade que dita a concepção que cada educador tem do seu papel , do modo de executá-lo, das finalidades de sua ação, tudo isso de acordo com a posição que o próprio educador ocupa na sociedade. A noção de posição está tomada aqui no sentido histórico-dialético amplo e indica por isso não só os fundamentos materiais da realidade social do educador, mas igualmente o conjunto de suas idéias em todos os terrenos, e muito particularmente no da própria educação. (...) Se a sociedade é o verdadeiro educador do educador, sua ação se exerce sempre concretamente, isto é, no tempo histórico, no momento pelo qual está passando seu processo de desenvolvimento. Por isso, em cada etapa do desenvolvimento social, o conteúdo e a forma da educação que a sociedade dá aos seus membros vão mudando de acordo com os interesses gerais de tal momento (VIEIRA PINTO, 2000, p 108-110).
Reforça-se neste sentido, a importância de compreender que o Projeto Político Pedagógico traz as marcas da concepção de mundo, humanidade e educação dos gestores das políticas públicas, dos gestores de escola, dos educadores, uma vez que não existe neutralidade no fazer pedagógico. A este respeito FREIRE afirma:
Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê. Não posso ser professor a favor simplesmente do Homem ou da Humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com a concretude da prática educativa. Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da lista constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo (FREIRE, 1996, p.115).
A escola, “fazendo parte do movimento histórico-social, deve ser vista como palco de uma dimensão da luta de classes. E nesse processo de engajamento e de luta no interior da própria escola burguesa que o educador se educa” (VALLE, 1997, p.90) e desenvolve seu trabalho pedagógico. Neste sentido que se afirma a escola como uma instituição histórica e cultural que incorpora interesses ideológicos e políticos, constituindo-se num espaço onde experiências humanas são produzidas, contestadas e legitimadas.
Nesta direção é necessário pensar qual é o projeto educacional da escola, pois é este que lhe confere identidade. Projeto este que permeia e se traduz em todos os espaços e tempos escolares, pois é no todo de sua organização que a escola assume e revela a sua função social na sociedade. Ela assume sua função não só através dos conhecimentos sistematizados que socializa, mas pela experiência social, cultural e intelectual que oportuniza ao educando, ao educador e ao gestor.
Compreender o papel político da escola, a forma como ela contraditoriamente se vincula a um determinado projeto de sociedade, é fundamental para discutir a importância e o significado que o Projeto Político Pedagógico assume na organização do trabalho pedagógico escolar.
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Nesta unidade apresentaremos uma discussão conceitual do Projeto Político Pedagógico. Buscaremos compreendê-lo na sua dimensão política e pedagógica, no sentido que todo projeto possui uma intencionalidade que está articulada com um projeto histórico social. Sua dimensão pedagógica reside na possibilidade concreta da escola, através das ações educativas, cumprir seus propósitos e sua intencionalidade. Buscaremos ainda nesta unidade, abordar as diferentes concepções que historicamente permeiam a construção e efetivação do Projeto Político-Pedagógico no cotidiano escolar.
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1 - A educação e o projeto histórico social
“...a educação só pode-se realizar através de mediações práticas que se desenvolvem a partir de um projeto educacional, vinculado, por sua vez, a um projeto histórico e social e que a instituição escolar é o lugar por excelência desse projeto...” Antonio Joaquim Severino.
Gostaríamos de iniciar a nossa reflexão sobre o Projeto Político Pedagógico, discutindo-o como o elemento norteador das ações educativas escolares, o qual se vincula a um projeto histórico social. Ele traz em si uma forma especifica da escola compreender o seu papel na sociedade.
Pensar o papel político e pedagógico que a escola cumpre no interior de uma sociedade historicamente situada, dividida em classes sociais, dentro de um modo de produção capitalista, implica em reconhecer a educação como um ato político, que possui uma intencionalidade e, contraditoriamente, vem contribuindo, ou para reforçar o modelo de sociedade, sua ideologia, a cultura e os saberes que são considerados relevantes para os grupos que possuem maior poder, ou para desvelar a própria forma como a escola se articula com a sociedade e seu projeto político, constituindo-se num espaço emancipatório, de construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os saberes dos grupos sociais que historicamente têm sua historia negada, silenciada, distorcida, esteja em diálogo permanente com os saberes historicamente acumulados e sistematizado na história da humanidade.
Neste sentido, podemos afirmar que a educação, como trabalho não material, é necessariamente intencional. Vincula-se a uma concepção de sociedade, de mulher e homem, de cultura, de conhecimento. Para VIEIRA PINTO (2000), a educação é necessariamente intencional. Não se pode pretender formar um homem sem um prévio conceito ideal de homem. Este modelo, contudo, é um dado de consciência e, portanto, pertence à consciência de alguém.
Compreende-se a escola como uma das instâncias educativas no seio da sociedade e o trabalho pedagógico que nela se desenvolve, como uma prática social de educação. Para compreender esta prática social na qual se insere o trabalho pedagógico escolar, gostaríamos de apresentar algumas características da educação, conforme VIEIRA PINTO:
a)A educação é um processo, portanto é o decorrer de um fenômeno (a formação do homem) no tempo...;
b) A educação é um fato existencial. Refere-se ao modo como (por si mesmo e pelas ações exteriores que sofre) o homem se faz ser homem. (...) Pode-se dizer (...) que é o processo pelo qual o homem adquire sua essência (real, social, não metafísica). É o processo constitutivo do ser humano;
c)A educação é um fato social. (...) É o procedimento pelo qual a sociedade se reproduz a si mesma ao longo de sua duração temporal. Contudo, neste processo de auto-reprodução está contida, desde logo, uma contradição(...). Daí deriva o duplo aspecto do fato social da educação: incorporação dos indivíduos ao estado existente e progresso, isto é, necessidade de ruptura do equilíbrio presente, de adiantamento, de criação do novo;
d)A educação é um fenômeno cultural. Não somente os conhecimentos, experiências, usos, crenças, valores, etc. (...) mas também os métodos utilizados pela totalidade social para exercer
sua ação educativa são parte do fundo cultural da comunidade e dependem do seu grau de desenvolvimento. (...) O método pedagógico é função da cultura existente;
e)A educação se desenvolve sobre o fundamento do processo econômico da sociedade. Porque é ele que: determina as possibilidades e as condições de cada fase cultural; determina as probabilidades educacionais na sociedade (...); proporciona os meios materiais para a execução do trabalho educacional, sua extensão e sua profundidade...;
f)A educação é uma atividade teleológica. A formação do indivíduo sempre visa a um fim;
g)A educação é uma modalidade de trabalho social;
h)A educação é um fato de ordem consciente. É determinada pelo grau alcançado pela consciência social e objetiva suscitar no educando a consciência de si e do mundo;
i) A educação é um processo exponencial, isto é, multiplica-se por si mesma com sua própria realização. Quanto mais educado, mais necessita o homem educar-se e portanto exige mais educação;
j)A educação é por essência concreta. Pode ser concebida a priori, mas o que a define é sua realização objetiva, concreta. Esta realização depende das situações históricas objetivas, das forças sociais presentes, (...) dos interesses em causa, etc;
l)A educação é por natureza contraditória, pois implica simultaneamente conservação (...) e criação.
A historicidade pertence à essência da educação. (...) A educação é histórica não porque se executa no tempo, mas porque é um processo de formação do homem para o novo da cultura, do trabalho, de sua auto consciência.
Compreende-se, portanto, que o próprio processo da educação e, em específico, a escola, é um dado cultural, é uma elaboração histórica dos homens. Este é um espaço por excelência, onde gestores de escola e de políticas publicas e educadores se educam, elaboram sua forma de compreender o mundo, a educação, a humanidade e o próprio conhecimento. Esta concepção vai permear a organização do trabalho pedagógico escolar e nele a construção do projeto político pedagógico. Cabe destacar que modo como o educador e o gestor se posicionam diante da realidade, como participam da história, como concebem o saber, a relação que estabelecem com os seus educandos na prática pedagógica, e a própria comunidade escolar refletem seus saberes, sua cultura, adquiridos ao longo da sua história de vida, a partir da influência da família, da escola, da igreja, do trabalho, do sindicato, do partido, enfim, de uma determinada sociedade num determinado tempo e espaço.
É sempre a sociedade que dita a concepção que cada educador tem do seu papel , do modo de executá-lo, das finalidades de sua ação, tudo isso de acordo com a posição que o próprio educador ocupa na sociedade. A noção de posição está tomada aqui no sentido histórico-dialético amplo e indica por isso não só os fundamentos materiais da realidade social do educador, mas igualmente o conjunto de suas idéias em todos os terrenos, e muito particularmente no da própria educação. (...) Se a sociedade é o verdadeiro educador do educador, sua ação se exerce sempre concretamente, isto é, no tempo histórico, no momento pelo qual está passando seu processo de desenvolvimento. Por isso, em cada etapa do desenvolvimento social, o conteúdo e a forma da educação que a sociedade dá aos seus membros vão mudando de acordo com os interesses gerais de tal momento (VIEIRA PINTO, 2000, p 108-110).
Reforça-se neste sentido, a importância de compreender que o Projeto Político Pedagógico traz as marcas da concepção de mundo, humanidade e educação dos gestores das políticas públicas, dos gestores de escola, dos educadores, uma vez que não existe neutralidade no fazer pedagógico. A este respeito FREIRE afirma:
Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê. Não posso ser professor a favor simplesmente do Homem ou da Humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com a concretude da prática educativa. Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da lista constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo (FREIRE, 1996, p.115).
A escola, “fazendo parte do movimento histórico-social, deve ser vista como palco de uma dimensão da luta de classes. E nesse processo de engajamento e de luta no interior da própria escola burguesa que o educador se educa” (VALLE, 1997, p.90) e desenvolve seu trabalho pedagógico. Neste sentido que se afirma a escola como uma instituição histórica e cultural que incorpora interesses ideológicos e políticos, constituindo-se num espaço onde experiências humanas são produzidas, contestadas e legitimadas.
Nesta direção é necessário pensar qual é o projeto educacional da escola, pois é este que lhe confere identidade. Projeto este que permeia e se traduz em todos os espaços e tempos escolares, pois é no todo de sua organização que a escola assume e revela a sua função social na sociedade. Ela assume sua função não só através dos conhecimentos sistematizados que socializa, mas pela experiência social, cultural e intelectual que oportuniza ao educando, ao educador e ao gestor.
Compreender o papel político da escola, a forma como ela contraditoriamente se vincula a um determinado projeto de sociedade, é fundamental para discutir a importância e o significado que o Projeto Político Pedagógico assume na organização do trabalho pedagógico escolar.
[ Voltar para o Sumário ]
projeto político pedagógico
UNIDADE I - Conceito e Concepção do Projeto Político - Pedagógico
1 - A educação e o projeto histórico social
2 - Projeto Político Pedagógico: Afinal, o que significa?
UNIDADE II - Estratégias de Planejamento, Gestão e Avaliação do Projeto Escola
1 - O processo de construção do Projeto Político-Pedagógico
1.1 - Estratégias de planejamento
1.2 - A participação como elemento fundamental no processo de planejamento, gestão e avaliação do projeto político-pedagógico
UNIDADE III - A Inclusão no Projeto Político-Pedagógico da Escola
1 - O significado da educação inclusiva
2 - A democratização das práticas e dos saberes escolares
UNIDADE IV - O Projeto Pedagógico como articulador das Ações de Ensino, Aprendizagem, Gestão na vinculação com Comunidade Escolar Interna e Externa
1 - Escola e comunidade: uma relação que precisa ser (re)construída
2 - O poder articulador do projeto político-pedagógico nas ações da escola
Obras Consultadas
1 - A educação e o projeto histórico social
2 - Projeto Político Pedagógico: Afinal, o que significa?
UNIDADE II - Estratégias de Planejamento, Gestão e Avaliação do Projeto Escola
1 - O processo de construção do Projeto Político-Pedagógico
1.1 - Estratégias de planejamento
1.2 - A participação como elemento fundamental no processo de planejamento, gestão e avaliação do projeto político-pedagógico
UNIDADE III - A Inclusão no Projeto Político-Pedagógico da Escola
1 - O significado da educação inclusiva
2 - A democratização das práticas e dos saberes escolares
UNIDADE IV - O Projeto Pedagógico como articulador das Ações de Ensino, Aprendizagem, Gestão na vinculação com Comunidade Escolar Interna e Externa
1 - Escola e comunidade: uma relação que precisa ser (re)construída
2 - O poder articulador do projeto político-pedagógico nas ações da escola
Obras Consultadas
terça-feira, 9 de novembro de 2010
sala de leitura
Farra no formigueiro
Liliana e Michele IacoccaTodo o formigueiro saía em fila pela manhã. Papai e mamãe formiga eram os primeiros, seguidos da filha mais velha. Por último na fila estava a formiguinha mais nova. Todos os dias, no caminho em que percorriam, papai e mamãe formiga contavam uma história para a filha mais velha, que a repassava para quem estava atrás dela, e assim era até chegar na caçula, última da fila.
Em uma manhã, os pais começaram a história e a primeira da fila disse: - Essa história outra vez? Todas as formigas concordaram. Alguém teve uma idéia muito diferente! O que elas decidiram fazer? Tudo virou de pernas para o ar! Mas como?
Saiba mais
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ESCOLA
Percebemos hoje nas escolas, a ausência de uma proposta pedagógica que incorpore o lúdico como eixo de trabalho. Essa realidade do Brincar nas escolas leva-nos a perceber a inexistência de espaço para um bom desenvolvimento dos alunos. Esse resultado, apesar de apontar na direção das ações do professor, não devemos atribuir-lhe a culpa. Ao contrário, trata-se de evidenciar o tipo de formação profissional do professor que não contempla informações nem vivências a respeito do brincar e do desenvolvimento infantil em uma perspectiva social, afetiva, cultural, histórica e criativa.
Vygotski (1988) indica a relevância de brinquedos e brincadeiras como indispensáveis para a criação da situação imaginária. Revela que o imaginário só se desenvolve quando se dispõe de experiências que se reorganizam. A riqueza dos contos, lendas e o acervo de brincadeiras constituirão o banco de dados de imagens culturais utilizados nas situações interativas. Dispor de tais imagens é fundamental para instrumentalizar a criança para a construção do conhecimento e sua socialização. Ao brincar a criança movimenta-se em busca de parceria e na exploração de objetos; comunica-se com seus pares; expressa-se através de múltiplas linguagens; descobre regras e toma decisões.
São poucas as escolas que investem neste aprendizado. A escola simplesmente esqueceu a brincadeira. Na sala de aula ou ela é utilizada com um papel didático, ou é considerada uma perda de tempo. E até no recreio, a criança precisa conviver com um monte de proibições.
Segundo o estudioso holandês Johan Huizinga (1980), não se brinca a não ser por iniciativa própria ou por livre adesão. Todo ser humano pode beneficiar-se de atividades lúdica. A brincadeira é transmitida à criança através de seus próprios familiares, de forma expressiva, de uma geração à outra, ou pode ser aprendida pela criança de forma espontânea. Contudo, nos dias atuais, com as moradias cada vez mais apertadas e os adultos envolvidos em seus afazeres, as crianças não têm um lugar para brincar e não devem atrapalhar o andamento do lar com seus brinquedos.
Não dá para isolar o comportamento lúdico da criança. Ela brinca quando é para brincar, e não quando os adultos entendem que ela deveria brincar.
Em qualquer época da vida de crianças e adolescentes e porque não de adultos, as brincadeiras devem estar presentes. Brincar não é coisa apenas de crianças pequenas, erra a escola ao fragmentar sua ação, dividindo o mundo em lados opostos: de um lado o jogo da brincadeira, do sonho, da fantasia e do outro, o mundo sério do trabalho e do estudo. Independente do tipo de vida que se leve, todos adultos, jovens e crianças precisam da brincadeira e de alguma forma de jogo, sonho e fantasia para viver. As escolas precisam reconhecer o lúdico, a sua importância enquanto fator de desenvolvimento da criança. Entre alguns desses fatores destaca-se:
*Facilitador da aprendizagem;
*Colabora para uma boa saúde mental;
*Desenvolve processos sociais de comunicação de expressão e construção do conhecimento;
*Explora a criatividade
*Melhora a conduta e a auto-estima;
*Permite extravasar angustias e paixões, alegrias e tristezas, agressividade e passividade.
Diante de tantas possibilidades, é fundamental que o educador seja mediador em todo o processo, criando na sala de aula um cantinho com alguns brinquedos e materiais para brincadeiras. Na verdade qualquer sala de aula disponível é apropriada para as crianças brincarem. Podemos ensinar as crianças também, a produzir brinquedos. O que ocorre geralmente nas escolas é que o trabalho de construir brinquedos com sucatas, fica restrito às aulas de arte, enquanto professores poderiam desenvolver também este trabalho nas áreas de teatro, música, ciências etc., integrando aos conhecimentos que são ministrados.
Tudo isso é possível quando estamos abertos para buscar novos caminhos. Precisamos, enquanto educadores nos colocarmos como participantes, acompanhando todo o processo da atividade, mediando os conhecimentos através da brincadeira e do jogo, afim de que estes possam ser reelaborados de forma rica e prazerosa.
REFERÊNCIAS
Vygotski (1988) indica a relevância de brinquedos e brincadeiras como indispensáveis para a criação da situação imaginária. Revela que o imaginário só se desenvolve quando se dispõe de experiências que se reorganizam. A riqueza dos contos, lendas e o acervo de brincadeiras constituirão o banco de dados de imagens culturais utilizados nas situações interativas. Dispor de tais imagens é fundamental para instrumentalizar a criança para a construção do conhecimento e sua socialização. Ao brincar a criança movimenta-se em busca de parceria e na exploração de objetos; comunica-se com seus pares; expressa-se através de múltiplas linguagens; descobre regras e toma decisões.
São poucas as escolas que investem neste aprendizado. A escola simplesmente esqueceu a brincadeira. Na sala de aula ou ela é utilizada com um papel didático, ou é considerada uma perda de tempo. E até no recreio, a criança precisa conviver com um monte de proibições.
Segundo o estudioso holandês Johan Huizinga (1980), não se brinca a não ser por iniciativa própria ou por livre adesão. Todo ser humano pode beneficiar-se de atividades lúdica. A brincadeira é transmitida à criança através de seus próprios familiares, de forma expressiva, de uma geração à outra, ou pode ser aprendida pela criança de forma espontânea. Contudo, nos dias atuais, com as moradias cada vez mais apertadas e os adultos envolvidos em seus afazeres, as crianças não têm um lugar para brincar e não devem atrapalhar o andamento do lar com seus brinquedos.
Não dá para isolar o comportamento lúdico da criança. Ela brinca quando é para brincar, e não quando os adultos entendem que ela deveria brincar.
Em qualquer época da vida de crianças e adolescentes e porque não de adultos, as brincadeiras devem estar presentes. Brincar não é coisa apenas de crianças pequenas, erra a escola ao fragmentar sua ação, dividindo o mundo em lados opostos: de um lado o jogo da brincadeira, do sonho, da fantasia e do outro, o mundo sério do trabalho e do estudo. Independente do tipo de vida que se leve, todos adultos, jovens e crianças precisam da brincadeira e de alguma forma de jogo, sonho e fantasia para viver. As escolas precisam reconhecer o lúdico, a sua importância enquanto fator de desenvolvimento da criança. Entre alguns desses fatores destaca-se:
*Facilitador da aprendizagem;
*Colabora para uma boa saúde mental;
*Desenvolve processos sociais de comunicação de expressão e construção do conhecimento;
*Explora a criatividade
*Melhora a conduta e a auto-estima;
*Permite extravasar angustias e paixões, alegrias e tristezas, agressividade e passividade.
Diante de tantas possibilidades, é fundamental que o educador seja mediador em todo o processo, criando na sala de aula um cantinho com alguns brinquedos e materiais para brincadeiras. Na verdade qualquer sala de aula disponível é apropriada para as crianças brincarem. Podemos ensinar as crianças também, a produzir brinquedos. O que ocorre geralmente nas escolas é que o trabalho de construir brinquedos com sucatas, fica restrito às aulas de arte, enquanto professores poderiam desenvolver também este trabalho nas áreas de teatro, música, ciências etc., integrando aos conhecimentos que são ministrados.
Tudo isso é possível quando estamos abertos para buscar novos caminhos. Precisamos, enquanto educadores nos colocarmos como participantes, acompanhando todo o processo da atividade, mediando os conhecimentos através da brincadeira e do jogo, afim de que estes possam ser reelaborados de forma rica e prazerosa.
REFERÊNCIAS
HUIZINGA, JOHAN, Homo Ludens. (São Paulo-SP, Perspectiva, 1980).
Vygotski, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2. Ed,1988.
REVISTA CRIAR, "Brincar = Aprender: Uma reflexão sobre o ato de brincar", Editoa Criarp; nº- 10, p. 10 a 13 julho/agosto, São Paulo,2006.
Artigo de Sandra Silva Costa
EDUCADORA, GRADUADA EM LETRAS VERNACULAS PELA UNEB- UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
EDUCADORA, GRADUADA EM LETRAS VERNACULAS PELA UNEB- UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Como motivar seu aluno a produzir textos:
☺ Relatos do dia-a-dia;
☺ Notícias da comunidade;
☺ Notícias de jornais e revistas;
☺ Acontecimentos importantes;
☺ Gravuras;
☺ Textos principiados;
☺ Textos em rodinhas;
☺ Textos coletivos;
☺ Textos em dupla;
☺ Livros lidos;
☺ Revistas em quadrinhos;
☺ Debates;
☺ Cartas, bilhetes, avisos;
☺ Relatórios;
☺ Músicas;
☺ Poesias;
☺ Trabalho com sucatas, desenhos, pinturas, origamis, maquetes
☺ Notícias da comunidade;
☺ Notícias de jornais e revistas;
☺ Acontecimentos importantes;
☺ Gravuras;
☺ Textos principiados;
☺ Textos em rodinhas;
☺ Textos coletivos;
☺ Textos em dupla;
☺ Livros lidos;
☺ Revistas em quadrinhos;
☺ Debates;
☺ Cartas, bilhetes, avisos;
☺ Relatórios;
☺ Músicas;
☺ Poesias;
☺ Trabalho com sucatas, desenhos, pinturas, origamis, maquetes
A criança de 6 anos
A atividade nessa fase é constante; a criança tem maior controle da musculatura fina; tem consciência das mãos como instrumento.
Equilibra conscientemente o corpo no espaço; tem melhor desenvolvimento motor e melhor acuidade visual e auditiva.
Gosta de jogos agitados; procura suplantar com suas atividades a própria possibilidade motora: salta o mais alto que pode, quer correr mais que todos, constrói torres mais alta que ela. Pode fazer pular uma bola e pegá-la com facilidade. Experimenta usar ferramentas ou costurar com pontos largos.
É muito ativa, o ritmo está bem desenvolvido. Começa a ganhar força. Impõe-se tarefas mais precisa à medida que o meio lhe restringe a liberdade de movimentos.
Há grande expansão do desenvolvimento intelectual; certo nível de maturidade é atingido e ela adquire conhecimentos variados.
A linguagem está completa. As necessidades sociais e culturais são incorporadas ao pensamento, contribuindo para estruturá-lo. Com o apoio da linguagem, as classes lógicas se constituem gradualmente; os conceitos ganham em generalidade e precisão, baseados em experiências tanto verbais quanto concretas, motivados pela intensa curiosidade e necessidade de comunicação.
A partir do sexto ano, a sociedade impõe à criança novas formas de contato social, novos conhecimentos e novos modelos de comportamento. Ela consegue adaptar-se a grupos cada vez maiores; é muito sociável. Faz questão de não destoar do resto do grupo.
É sensível ao estado emocional de outras pessoas, principalmente ao dos pais.
Não trata bem os irmãos menores sem a supervisão da mãe ou do pai; nem os colegas, sem a do professor. Precisa de normas para dirigir sua conduta.
Gosta de brincar em grupo, porém tem ciúmes dos amigos.
Fica feliz ao ser elogiada. É muito mais fácil conseguir dela um comportamento adequado através do estímulo do que pela censura.
Equilibra conscientemente o corpo no espaço; tem melhor desenvolvimento motor e melhor acuidade visual e auditiva.
Gosta de jogos agitados; procura suplantar com suas atividades a própria possibilidade motora: salta o mais alto que pode, quer correr mais que todos, constrói torres mais alta que ela. Pode fazer pular uma bola e pegá-la com facilidade. Experimenta usar ferramentas ou costurar com pontos largos.
É muito ativa, o ritmo está bem desenvolvido. Começa a ganhar força. Impõe-se tarefas mais precisa à medida que o meio lhe restringe a liberdade de movimentos.
Há grande expansão do desenvolvimento intelectual; certo nível de maturidade é atingido e ela adquire conhecimentos variados.
A linguagem está completa. As necessidades sociais e culturais são incorporadas ao pensamento, contribuindo para estruturá-lo. Com o apoio da linguagem, as classes lógicas se constituem gradualmente; os conceitos ganham em generalidade e precisão, baseados em experiências tanto verbais quanto concretas, motivados pela intensa curiosidade e necessidade de comunicação.
A partir do sexto ano, a sociedade impõe à criança novas formas de contato social, novos conhecimentos e novos modelos de comportamento. Ela consegue adaptar-se a grupos cada vez maiores; é muito sociável. Faz questão de não destoar do resto do grupo.
É sensível ao estado emocional de outras pessoas, principalmente ao dos pais.
Não trata bem os irmãos menores sem a supervisão da mãe ou do pai; nem os colegas, sem a do professor. Precisa de normas para dirigir sua conduta.
Gosta de brincar em grupo, porém tem ciúmes dos amigos.
Fica feliz ao ser elogiada. É muito mais fácil conseguir dela um comportamento adequado através do estímulo do que pela censura.
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