professora Remédios

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sou a professora Remédios, que constrói vínculos a partir da interação com a criança, através do diálogo,respeitando a forma de manifestar-se dessa criança.

domingo, 17 de outubro de 2010

DISLEXIA É...



Dislexia: (do grego) dus = difícil, mau; lexis = palavra

"Embora se fale de dislexia, ao certo sabe-se ainda muito pouco, as respostas são insuficientes, as crianças, as famílias, as escolas, vivem esta problemática desamparados"

Dislexia é...

"Uma desordem, que se manifesta pela dificuldade de aprender a ler, apesar da instrução ser a convencional, a inteligência normal e das oportunidades socioculturais.
Depende de distúrbios cognitivos fundamentais que são, frequentemente, de origem constitucional..."
(Federação Mundial de Neurologia, 1968).

"A Dislexia é uma dificuldade duradoura de aprendizagem da leitura e aquisição do seu automatismo, junto de crianças inteligentes, escolarizadas, sem quaisquer perturbações sensoriais e psíquicas já existentes.
(APEDYS - França).

Nem os pais, nem os professores são responsáveis por esta dificuldade específica de aprendizagem. Porém não devem
ignorá-la.


Sinais de Alerta:

- Dificuldades na linguagem oral;
- Não associação de símbolos gráficos com as suas componentes auditivas;
- Dificuldades em seguir orientações e instruções;
- Dificuldades de memorização auditiva;
- Problemas de atenção;
- Problemas de lateralidade.



A escrita disgráfica pode observar-se através das seguintes manifestações:

 - traços pouco precisos e incontrolados;
 - falta de pressão com debilidade de traços;
 - ou traços demasiado fortes que vinquem o papel;
 - grafismos não diferenciados nem na forma nem no tamanho;
 - a escrita desorganizada que se pode referir não só a irregularidades e falta de ritmo dos signos gráficos,
   mas também a globalidade do conjunto escrito;
 - realização incorrecta de movimentos de base, especialmente em ligação com problemas de orientação
   espacial, etc.


Na leitura e/ou na escrita:

 - possíveis confusões
  (ex: f/v; p/b; ch/j; p/t; v/z ; b/d...)

 - possíveis inversões;
  (ex: ai/ia; per/pré; fla/fal; cubido/bicudo...)

 - possíveis omissões:
  (ex: livo/livro; batata/bata...)
 

 Respostas urgentes a implementar:

 - Criação de estruturas de despiste e reeducação precoces.
 - Consultas multidisciplinares para avaliação compreensiva de casos.
 - Formação de professores numa pedagogia específica.
 - Meios de informação sobre estruturas de apoio a alunos com dislexia.


 Intervenção na sala de aula:

Partindo do princípio fundamental de que não há "receitas" infalíveis e adaptáveis a todos os casos. Antes pelo contrário, cada caso é um caso e deve ser encarado  na sua singularidade e especificidade.

Todavia, podem-se apontar algumas pistas de conduta e facilmente aplicáveis numa sala de aula.

1- Colocar o aluno numa das carteiras mais próximas do professor para que este o possa "vigiar" a atenção e dificuldades do aluno;

2- Eliminar possíveis focos de distracção (materiais desnecessários, janelas, colegas desconcentrados,barulhos,...); 




3- Organizar os materiais de trabalho do aluno (organização do dossier, esquemas de cores, pasta de arquivos de trabalhos realizados,...);
    


4- Aulas de apoio individualizado a Língua Portuguesa (tendo em conta as dificuldades mais relevantes apresentadas pelo aluno);
    


5-
Tomar uma atitude de "reforço positivo" junto do aluno, valorizando mais os progressos que as falhas.





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